A partir do século XVI a
figura do pajé foi vista como uma ameaça à expansão territorial, no que diz
respeito ao controle da população.
Nas tribos indígena da Amazônia e litoral
brasileiro a figura dos pajés como ícone para solução de males e cura de
doenças provenientes tanto do espirito como do corpo era predominante entre
essas populações. O papel do pajé na sociedade indígena era fundamental. Ele
era o de guardião do conhecimento, acumulado através da história. Tal era sua
importância que gerou eminente conflito junto aos missionários europeus que
tinham por objetivo cristianizar os povos da América. Era preciso que novas
praticas e crenças religiosas oriundas do velho mundo fossem implementadas como
método de doutrinação e consequentemente subjugação às populações indígenas.
Uma das formas encontradas pelos colonizadores para
expandir seu controle sobre os povos nativos foi extinguir a propagação do uso
das línguas nativas em detrimento da língua do colonizador/conquistador. Isso
acabou por cortar os elos e dificultar a comunicação com os pajés, normalmente
anciãos e que continuavam utilizavam sua linguagem nativa.
Apesar dos esforços dos colonizadores a figura do
pajé não foi totalmente extinta e sobreviveu até os dias atuais. Contudo a
agressividade da colonização sobre os índios e sua cultura deixou terríveis
marcas. Apenas um terço da população original sobreviveu à chegada da colonização
europeia.
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Influencia da colonização no modo de vida das tribos indígenas. |
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Influencia da colonização no modo de vida das tribos indígenas |
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