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sexta-feira, 8 de abril de 2016

A importância do Xamã nas Américas antes e após a colonização europeia

A partir do século XVI a figura do pajé foi vista como uma ameaça à expansão territorial, no que diz respeito ao controle da população.

Nas tribos indígena da Amazônia e litoral brasileiro a figura dos pajés como ícone para solução de males e cura de doenças provenientes tanto do espirito como do corpo era predominante entre essas populações. O papel do pajé na sociedade indígena era fundamental. Ele era o de guardião do conhecimento, acumulado através da história. Tal era sua importância que gerou eminente conflito junto aos missionários europeus que tinham por objetivo cristianizar os povos da América. Era preciso que novas praticas e crenças religiosas oriundas do velho mundo fossem implementadas como método de doutrinação e consequentemente subjugação às populações indígenas.

Uma das formas encontradas pelos colonizadores para expandir seu controle sobre os povos nativos foi extinguir a propagação do uso das línguas nativas em detrimento da língua do colonizador/conquistador. Isso acabou por cortar os elos e dificultar a comunicação com os pajés, normalmente anciãos e que continuavam utilizavam sua linguagem nativa.

Apesar dos esforços dos colonizadores a figura do pajé não foi totalmente extinta e sobreviveu até os dias atuais. Contudo a agressividade da colonização sobre os índios e sua cultura deixou terríveis marcas. Apenas um terço da população original sobreviveu à chegada da colonização europeia.

Influencia da colonização no modo de vida das tribos indígenas.

Influencia da colonização no modo de vida das tribos indígenas


quinta-feira, 7 de abril de 2016

Xamanismo na Internet



Ao colocarmos no buscador do Google a palavra Xamanismo o primeiro resultado que recebemos é o seguinte:

“Xamanismo
substantivo masculino
fenômeno de natureza mágico-religiosa, característico dos povos siberianos da Ásia setentrional, definido pelas aptidões e capacidades sobrenaturais imputadas a um feiticeiro, o xamã, reconhecido como o líder espiritual das comunidades.”


Agora vamos analisar esse trecho do texto acima com um olhar mais minucioso e crítico:

Em primeiro lugar a palavra xamanismo está colocada como um substantivo masculino dando a primeira vista uma conotação aparentemente patriarcal a figura do xamã. Em via de regra, podemos considerar como um termo neutro, pois a figura do Xamã ou Pajé pode ser tanto masculina como feminina como abordaremos futuramente em outros posts aqui no blog.

Fenômeno de natureza mágico-religiosa – A palavra mágico utilizada para descrever o xamanismo neste texto demonstra desconhecimento sobre as praticas religiosas oriundas de povos primitivos. O que não pode ser explicado do ponto de vista de um leigo torna-se algo “sem explicação racional; fantástico ou truque” uma vez que estes são alguns dos significados atribuídos a palavra mágica.

Característico dos povos siberianos da Ásia setentrional – Essa consideração se torna obliqua, pois quando aprofundamos qualquer pesquisa histórica observamos que o Xamanismo está diretamente ligado a muitas culturas milenares de povos indígenas nativas de diversas partes de nosso planeta principalmente aos povos da América.

Podemos concluir sobre esse texto, que ainda é profunda a desinformação que parte das pessoas é exposta sobre o que é Xamanismo.  Contudo já existem na rede diversos conteúdos em sites, bolgs e até vídeos que transmitem com clareza o que é o Xamanismo e como ele funciona como princípio de cura.

Acredito que o mais importante na jornada para quem busca o conhecimento sobre o Xamanismo é estarmos atentos e refletirmos a cada descoberta de informação, independente de sua origem. Não devemos considerar nada que não tenha uma fonte confiável, principalmente como verdade absoluta, isto serve também para qualquer pensamento ou prática religiosa.